MISERERE

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[ENTIDADE PROMOTORA]
[COFINANCIAMENTO]
A implementação do projeto de Recuperação e Reabilitação da Igreja da Misericórdia de Santa Maria da Feira  permitirá recuperar e reabilitar este templo, cuja construção se iniciou por volta de 1690, tendo sido classificado como Monumento de Interesse Público em 2012. Pretende-se com esta operação transmitir uma herança cultural única das Terras de Santa Maria, que se abrirá à comunidade para culto e atividades culturais, e se integrará em roteiros turísticos, contribuindo para a valorização da excelência do património histórico do concelho de Santa Maria da Feira.
PRETENDE-SE COM ESTE PROJETO REAVIVAR NÃO SÓ A MEMÓRIA DO ESPÓLIO PATRIMONIAL E CULTURAL DA IGREJA, MAS TAMBÉM DIGNIFICAR E RECUPERAR UM TEMPLO RELIGIOSO COM UMA ARQUITETURA IMPONENTE E QUE SE FAZ NOTAR NUM CONCELHO MARCADO PELAS SUAS CARACTERÍSTICAS VINCADAMENTE MEDIEVAIS.
OBJETIVOS

Recuperar, conservar e reabilitar a igreja, os seus compartimentos anexos, o escadório, o jardim e os espaços exteriores envolventes, assim como o espólio da igreja. Divulgar e dinamizar o património cultural intervencionado e as suas novas missões.
  • Promover o culto religioso católico como principal missão da igreja;
  • Criar um percurso museológico na igreja e nos compartimentos anexos para se poder usufruir de uma leitura mais abrangente das obras de arte sacra e da sua localização na arquitetura;
  • Abrir os compartimentos anexos da igreja à comunidade para realização de atividades socioculturais (concertos, exposições, conferências, workshops e eventos privados);
  • Abrir os compartimentos anexos da igreja à comunidade para realização de atividades integradas em ofertas culturais para diferentes públicos, que abranjam vertentes de turismo cultural, religioso e gastronómico;
FATORES
INOVADORES
O projeto MISERERE enquadra-se completamente na visão estratégica de atuação para o turismo no período de 2014 a 2020, sendo um factor de atração pela qualificação e valorização do território, através da salvaguarda e conservação do património histórico-cultural, possibilitando o acesso, a fruição, e a preservação da identidade e dos valores inerentes, competindo pela valorização e inovação da oferta turística.
  • Dinamização dos compartimentos anexos à igreja, do escadório, do jardim e dos espaços exteriores envolventes, como equipamentos turísticos com uma dinâmica assinalável para realização de diversas atividades culturais e de formação;
  • Aumento da oferta turística em vertentes diversificadas (cultural, religiosa e gastronómica);
  • Colaboração na implementação de estratégias regionais para desenvolvimento do turismo, tendo em vista a divulgação integrada dos equipamentos e bens turísticos, e a criação conjunta de visitas guiadas, roteiros e programações;
  • Integração do património reabilitado nas iniciativas e roteiros de turismo cultural, religioso e gastronómico do concelho, das Terras de Santa Maria e da Região Norte e Noroeste de Portugal;
  • Estabelecimento de parcerias estratégicas com outras Misericórdias, nomeadamente a do Porto, por forma a potencializar as ofertas turísticas e as atividades culturais e de formação.
JUSTIFICAÇÃO

No princípio do século XII existia um templo dedicado a S. Nicolau, localizado em terrenos vizinhos aos ocupados hoje pela Igreja da Misericórdia. Esse edifício paroquial degradou-se de tal maneira que a Congregação dos Cónegos Seculares de São João Evangelista, vulgarmente conhecidos por Frades Loios, consideraram que apenas uma reformulação de raiz permitiria a prossecução condigna da sua ação paroquial.
Assim, em maio de 1560 foi lançada a primeira pedra da igreja e convento dos Loios em Terras da Feira. Apesar de as fontes históricas não serem seguramente concludentes, pensa-se que, quando os frades Loios foram para a nova Igreja paroquial de S. Nicolau, na antiga Igreja paroquial ficou instalada a capela de S. Francisco, fazendo-se aí o culto a S. Nicolau, a S. Francisco e a Nossa Senhora de Campos ou dos Prazeres; foi aí que depois ficou alojada a Santa Casa da Misericórdia da Feira.
Ao certo não se sabe bem quando foi fundada a Santa Casa da Misericórdia da Feira, mas sabe-se que foi antes de 1579; a sua igreja começou a ser construída em 1689 ou 1690, mas não se sabe quem foi o autor do seu projeto.
TERRAMOTO
E RECONSTRUÇÃO DEMORADA

Com o terramoto de 1755 a estrutura central da igreja foi abalada, desabando a abóbada da nave que estava a ser construída. Instalaram-se desde então os problemas económicos da Santa Casa da Misericórdia da Feira, pois a abóbada da nave teve que ser reconstruída. As ajudas disponibilizadas pelo Marquês de Pombal tinham que ser recolhidas em Lisboa e os recoveiros cobravam parcelas muito significativas dos apoios! Por isso, a reconstrução demorou muito tempo!
ENQUADRAMENTO

A Igreja da Santa Casa da Misericórdia da Feira está construída na zona alta do centro urbano, o que permitiu o desenvolvimento de uma magnífica escadaria aproveitando o relevo natural do terreno. A seus pés ficava o centro do burgo, a caminho do convento e do castelo que da Misericórdia se avistam, como que colocados em tabuleiros para alindar. Embora o projeto tenha sido executado em pleno período barroco, tem profunda influência da arte maneirista que prolongou o grande ciclo renascentista. O gosto maneirista reflete-se sobretudo na decoração da fachada principal. Resultou um edifício maciço, com paredes grossas, de dimensão contida mas amplo.
RETÁBULO-MOR
Destacam-se as imagens de S. Francisco, S. Sebastião, Nossa Senhora de Campos e S. Nicolau. A imagem de S. Nicolau, com casula, báculo e mitra de bispo a abençoar, é do século XV, em pedra de Ançã e de oficina coimbrã. Foi provavelmente pertença da antiga igreja paroquial de S. Nicolau, onde depois veio a ficar instalada a Misericórdia. A imagem de S. Francisco em madeira foi restaurada em 1638, o que quer dizer que é seguramente anterior a essa data. Provavelmente foi orago da capela de S. Francisco que ficou instalada na antiga igreja paroquial, onde depois veio a ficar instalada a Misericórdia.. A imagem de S. Sebastião em madeira é do século XV, tendo a particularidade de representar S. Sebastião usando cuecas. A imagem de barro de Nossa Senhora de Campos é provavelmente do século XVII.
NÍVEL DE DEGRADAÇÃO
A degradação atingiu as estruturas de arquitetura e construção e o valioso espólio da igreja; tornou-se assim urgente a intervenção para preservar os bens e reduzir os riscos que as condições físicas de segurança não garantem. Tornou-se pois imperioso salvaguardar e valorizar um património de grande valor cultural para as Terras de Santa Maria, cuja história se confunde com a importância do Norte na fundação de Portugal.
As dificuldades económicas e o rigor de alguns invernos impediram uma conservação adequada de peças de inquestionável valor. O telhado ficou em péssimo estado, nalguns sítios em riscos de ruína, com telhas partidas e desalinhadas. A chuva cai no interior, afetando coberturas e paredes; os pisos são também afetados pelo desgaste e alteração da estrutura.
As vedações das janelas e portas estão muito degradadas, o que implica um altíssimo teor de humidade no interior, que afeta particularmente documentos escritos, alguns com muitos séculos.
A estrutura do retábulo-mor em talha de madeira está especialmente degradada, tendo necessidade de escoramento para minimizar os riscos de ruína. Na talha do retábulo-mor é penosamente visível o efeito da degradação da estrutura.
PLANO DE AÇÃO

Os contratos para aquisição das prestações de serviços obedecem ao estabelecido no Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 111-B/2017, de 31 de agosto, e posteriores retificações. Os contratos são assinados pelo Provedor e pelo Tesoureiro por delegação de poderes da Mesa Administrativa da Santa Casa da decidida em reunião e exarada em ata.
RECUPERAR, CONSERVAR E REABILITAR AS ESTRUTURAS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA CIVIL

Reabilitação do edificado (igreja, compartimentos anexos, escadório, jardim e espaços exteriores envolventes), bem como a aquisição de bens para implementação e dinamização do percurso museológico.
RECUPERAR, CONSERVAR
E REABILITAR O ESPÓLIO DA IGREJA

Reabilitação de retábulos, imagens, objetos de culto, mobiliário, paramentaria e têxteis litúrgicos e património escrito, para inclusão no percurso museológico.
COMUNICAÇÃO
E DIVULGAÇÃO

Realização de iniciativas de disseminação e de difusão das diferentes ações e resultados gerados no âmbito da execução do projeto.
As ações em desenvolvimento e a desenvolver foram e serão asseguradas através da aquisição de prestações de serviços nas seguintes vertentes:
  • Elaboração de projetos técnicos de arquitetura, engenharia civil e especialidades;
  • Consultoria para submissão do projeto e acompanhamento da operação;
  • Comunicação e divulgação;
  • Recuperação, conservação e reabilitação das estruturas de arquitetura, engenharia civil e retábulos;
  • Fiscalização e Coordenação de Segurança;
  • Inventário, conservação e restauro:
    • Imagens e objetos de culto;
    • Mobiliário e outro património;
    • Paramentaria e têxteis litúrgicos;
    • Património escrito;
  • Aquisição de equipamentos.
RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A responsável técnica pela execução do projeto, Conceição Alvim Ferraz, é Secretária da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Santa Maria da Feira e responsável pelo seu Património Cultural. Doutorada em Engenharia Química e com Agregação em Engenharia Ambiental, foi responsável por mais de 40 Projetos de Investigação com financiamento nacional e internacional. Atualmente está aposentada das atividades letivas mas é ainda Professora Convidada da FEUP e da Universidade Agostinho Neto de Luanda. É perita da Basel, Rotterdam and Stockholm Conventions (United Nations Environment Programme) e perita da Comissão Europeia para revisão e acompanhamento de Projetos de Investigação Europeus na área da proteção ambiental. É autora de mais de 400 publicações técnico-científicas, das quais mais de 130 em revistas internacionais com arbitragem científica.
APOIOS & PARCERIAS

  • Turismo do Porto e Norte de Portugal que tem como objetivo identificar e promover a Região Norte como um todo, através de produtos estratégicos resultantes da promoção e valorização do património de elevado interesse turístico;
  • Câmara Municipal de Santa Maria da Feira que pretende promover o reforço da sua política de salvaguarda e valorização patrimonial em Santa Maria da Feira, procurando o equilíbrio sustentável entre as pré-existências do meio e as atividades humanas;
  • Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa/Porto para colaborar nas intervenções nos retábulos, imagens, objetos de culto e mobiliário;
  • Departamento de Ciências e Técnicas do Património da Faculdade de Letras da Universidade do Porto para colaborar nas intervenções nos retábulos, imagens, objetos de culto e mobiliário;
  • Faculdade de Letras da Universidade do Porto para colaborar na valorização e reabilitação do espólio da igreja;
  • Departamento de Ciências da Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto para colaboração nas intervenções no património escrito;
  • Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto para que o projeto MISERERE contribua para mitigar as alterações climáticas e proteger o ambiente.


                                   
VISITAS DE ACOMPANHAMENTO
Para que a população se envolva e a evolução dos trabalhos se possa evidenciar, as obras serão visitáveis uma vez por mês, ao fim da tarde da sexta-feira mais próxima do dia 29 de cada mês. Esta data foi escolhida por ser em 29 de maio de 1579, no testamento do Cardeal D. Henrique, a mais antiga referência à Misericórdia da Feira.

A Santa Casa da Misericórdia da Feira gostaria que fizesse parte deste momento histórico e único. As visitas são gratuitas, com número de participantes limitado e após confirmação.
VISITAS INSTITUCIONAIS
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MN COMUNICAÇÃO
Marta Castro Nery
M 963 158 251
Rua Jornal Correio da Feira, n5
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